A piscina.
Chega-se a uma idade em que se pode falar de tudo, por isso, vou escrever sobre piscinas. Aprendi a nadar na piscina dos meus avós maternos. Ao ver-me continuamente agarrada às beiras, com receio de afogar-me, alguém aproveitou uma saída e empurrou-me. Atirada para uma parte sem pé, comecei a esbracejar e a gritar pedidos de ajuda, que foram ignorados. Em desespero e desamparada, comecei a nadar. Nessa lembrança, deparo que foi assim que aprendi quase tudo. Também me atiraram à piscina dos pais, dos avós paternos, e noutras fora de casa. Agora, podem atirar-me para onde quiserem. O que mais sei fazer é nadar.