Fabiana Lopes Coelho Fabiana Lopes Coelho

Constelação.

A «ideia» existe apenas se plasmada numa «obra», num artefacto ou objectos que sendo heteróclitos se acrescentam ao real, e este fica forçado a responder-lhe, pois nada acontece sem deixar traços. Como se refere o poeta Eugen Gomringer, a constelação é um «arranjo» que cria um «campo de forças». Numa frase: «A cada constelação algo novo vem ao mundo, cada constelação é uma realidade em si e não um poema sobre alguma coisa. A constelação é um desafio, é também um convite». Enquanto novo objecto, ao entrar no real origina uma constelação de forças, provocando tensões e rearranjos novos cuja disseminação é indecidida e incontrolada: nenhum marketing ou poder a pode controlar. Ela é, sobretudo, um convite, uma dádiva, que se pode aceitar ou não, mas não se pode evitar."

José Bragança de Miranda, em Constelações.

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