Parrhesia.
Arlette Farge
“O acolhimento e a simplicidade de Michel Foucault eram tais que se estabeleceu rapidamente entre nós uma compreensão mútua – até mesmo cumplicidade.
Foucault analisava os seus arquivos históricos como se fossem poemas; falava da "vibração física" que sentia em relação a eles.
Fiquei encantada com a sensibilidade de Foucault, e sentia uma grande libertação sempre que estávamos juntos. Ser emulativo, sensível, poeticamente envolvido com os documentos, não era um defeito, mas uma das suas forças motrizes para novas reflexões.
Também recordo alguns momentos extremamente engraçados. (…) O riso que era uma linguagem completa. Tal como os seus momentos de raiva, o riso expressava a sua forma de viver o mundo, mas também de domesticar a sua maneira de pensar, que sabia ser tão nova, até mesmo iconoclasta.
Sem exagero, gostaria de dizer que este encontro foi inesquecível para mim.”
André Glucksman
“Recordo Michel Foucault no cimo de uma escadaria em Vincennes (…) A sua coragem física era inegável, mas, mais fundamentalmente, era a coragem da verdade e da solidão que se afirmava nele.
Foucault foi um pensador anti-totalitário (…) A sua acção e o seu pensamento não se guiava pelos grandes ideais – o Bem, a Justiça – que podem servir de álibi para cometer os piores horrores. Embora fosse visto como anti-humanista, ambos concebemos este credo: o intelectual não se empenha em nome do homem, mas contra a desumanidade e as suas práticas intoleráveis hic et nunc.”
Pascal Bruckner
“Sem qualquer ordem específica, as minhas recordações dele combinam três elementos: uma recepção muito calorosa, uma inteligência inigualável, sempre alerta, e um humor lascivo que espantava os jovens dândis que éramos.
As suas piadas eram lendárias. A Jean Baudrillard, que tinha publicado Esquecer Foucault em 1977, respondeu: “O problema é não conseguir lembrar-me quem é Baudrillard”.
Tradução selvagem de Foucault, Le Courage d´être soi, Philosophie magazine, Hors-Série.
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